Ele havia se
casado 30 vezes, com 30 princesas, 30 princesas virgens que lhe deram 30
herdeiros, 30 esposas e 30 herdeiros que juntos se tornavam 60 mortes. O ritual
sempre era igual, primeiro ele matava com as mãos os servos que ajudavam no
parto, depois rasgava com os dentes o frágil pescoço do recém-nascido e bebia
todo o seu sangue, por fim, estuprava sua esposa pelo ânus e a fazia sangrar
até a última gota de sangue, e esse era o castigo do rei Magnor, o torturador.
Após o crime, o
rei, mesmo sendo um torturador, voltava a sanidade e desesperado tentava se
matar com sua espada, cujo a lamina tinha o formato de trovão, mas nem mesmo um
trovão de verdade em seu coração o mataria. Quando jovem Magnor perdeu a
família na guerra e jurou a si e a seu povo “Serei o senhor da vida e da morte,
serei maior que um Deus, pois eles são muitos e eu serei um”, e assim Magnor
deu inicio a uma sangrenta e triste dominação do mundo que se rendeu a sua
crueldade.
Toda fúria é cega,
e em sua cegueira Magnor matou um príncipe, mas não matou um príncipe qualquer,
matou o príncipe Theo, filho do rei do Sul e da Senhora da Floresta, uma Fada
chamada Elyah. Ao ver o sangue azul claro de Theo escorrer, Magnor sabia, teria
que pedir desculpas a senhora da floresta e parar com seu legado de sangue,
tortura e dor, mas antes mesmo de pedir o perdão, a voz de Elyah invadiu sua
mente e lhe disse “Se um Deus quer ser, que eterno sejas , Magnor Deus da
loucura “ e assim o calvário de Magnor
começou, um ser eterno condenado a loucura de matar e condenar sua família a
morte.
Sempre após o
crime, Magnor novamente pedia perdão, mas diferente de outras fadas, Elyah não
era bondosa, ela não se jugava uma fada, mas sim uma senhora, uma senhora dona
do mundo, uma senhora arrogante que havia matado a rainha do sul envenenada,
para assim tomar seu lugar ao lado do rei. Se Magnor era cego em fúria, Elyah
com sua maldade e arrogância enxergava o futuro, e calculista fez seu marido,
filho e povo ir a guerra, e quando a derrota chegou, Elyah utilizando como
desculpa a honra de seu povo e a memória de seu filho e marido enfeitiçou
Magnor, o tornando Deus da loucura e exemplo de castigo, pois todo aquele que
se opusesse a ela, teria o mesmo fim, uma vida eterna, cruel e louca, cujo o
pedido de perdão apenas traria um novo começo, o começo de um novo crime e
morte, pois 30 vezes Magnor havia pedido o perdão, e 30 vezes ele matou suas
esposas e filhos.
Temida Elyah se
tornou a senhora do mundo, uma fada rainha, uma rainha cruel que governa o
mundo sentada em um trono de dor e medo, dor e medo de seu povo que teme o
feitiço da loucura, o feitiço da pior loucura, a loucura que leva ao fim do
amor, razão e do bem mais precioso, a família no qual se ama.
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